Mapas de calor e mapas de hotspots no QGIS

Mapas de calor e mapas de hotspots no QGIS: entendendo as diferenças

Na análise espacial, os mapas de calor e os mapas de hotspots são duas técnicas poderosas para revelar concentrações ou áreas de interesse a partir de dados geográficos. Embora sua aparência possa ser semelhante – áreas coloridas que sugerem densidades ou pontos de acesso -, eles se baseiam em lógicas diferentes e têm finalidades distintas.

Mapas de calor: visualizando a densidade bruta

Os mapas de calor, gerados pela ferramenta Kernel Density Estimation no QGIS, exibem a densidade de pontos em um determinado espaço. Eles não levam em conta os atributos dos recursos (a menos que um campo de ponderação seja usado), mas simplesmente a proximidade espacial.

Seu uso típico é visualizar onde se concentram eventos como acidentes de trânsito, infrações ou chamadas de emergência.

Características:

  • Saída: rasterização contínua (imagem) em que cada pixel representa uma densidade.
  • Parâmetros principais: raio de pesquisa, tamanho do pixel, campo de ponderação (opcional).
  • Método puramente descritivo.

Mapas de pontos críticos: identificação de grupos estatisticamente significativos

Os mapas de pontos críticos usam a análise estatística espacial para detectar grupos de valores anormalmente altos (pontos críticos) ou baixos (pontos frios). No QGIS, isso é feito usando a ferramenta Cluster and Outlier Analysis (Anselin Local Moran’s I) ou o plug-in Hotspot Analysis.

Seu uso típico é identificar bairros onde há um número significativamente maior de roubos do que nas áreas vizinhas.

Recursos:

  • Saída: camada vetorial ou rasterizada com tipologia (hotspot, coldspot, insignificante).
  • Requer um campo de valor (número de casos, taxa, etc.).
  • Método estatístico → interpretação mais robusta, mas também mais exigente.

Semelhanças e diferenças

CritériosHeatmapMapa de pontos críticosDados de entradaPontos (ou eventos pontuais)Pontos ou polígonos com atributosResultadoDensidade rasterMapa temático (tipologia)MétodoDescritivoEstatístico (cluster significativo)Uso principalVisualização rápidaAnálise aprofundadaLevando em conta os valoresOpcional (campo ponderado)Obrigatório (campo a ser analisado)Ferramentas no QGISDensidade por kernelAnselin Local Moran / Plugins

Critérios Heatmap Mapa de Hotspots
Dados de entrada Pontos (ou eventos pontuais) Pontos ou polígonos com atributos
Resultado Densidade raster Mapa temático (tipologia)
Método Descritivo Estatístico (cluster significativo)
Uso principal Visualização rápida Análise aprofundada
Levando em conta os valores Opcional (campo ponderado) Obrigatório (campo a ser analisado)
Ferramentas no QGIS Densidade por kernel Anselin Local Moran / Plugins


Este é um tutorial passo a passo para criar um mapa de calor e um mapa de hotspot no QGIS.


Tutorial QGIS – Mapas de calor e pontos de acesso

PARTE 1: Criando um mapa de calor

Objetivo: Visualizar a densidade de pontos na forma de um raster colorido

Etapas:

  1. Carregar a camada de pontos

    • Menu: Layers > Add a layer > Add a vector layer (Camadas > Adicionar uma camada > Adicionar uma camada vetorial)
    • Carregue o arquivo que contém os pontos (por exemplo, ecoles.geojson)

  2. Abra a ferramenta “Create a heat map” (Criar um mapa de calor)

    • Menu: Treatments > Toolbox > Interpolation (Tratamentos > Caixa de ferramentas > Interpolação)
    • Pesquise “Mapa de calor (estimativa de núcleo)”.

  3. Configure a ferramenta

    • Entrada: sua camada de pontos
    • Campo de ponderação: deixe em branco ou escolha um campo se seus pontos tiverem um valor (por exemplo, número de alertas)
    • Tipo de núcleo: quadrático
    • Raio de pesquisa: 1500 m (a ser adaptado às suas necessidades)
    • Resolução raster: 10 ou 20 m
    • Nome do arquivo de saída: heatmap.tif

  4. Iniciar o processamento
  5. Estilizar o mapa de calor

    • Clique com o botão direito do mouse na camada rasterizada > Properties > Symbology (Propriedades > Simbologia)
    • Tipo de renderização: pseudocor de banda única
    • Escolha um gradiente de cor (Reds, Viridis, Inferno, etc.)
    • Interpolação: Linear
    • Ajuste os valores mínimo/máximo, se necessário

Resultado: um mapa contínuo em que as áreas amarelas indicam uma alta densidade de pontos.


PARTE 2: Criação de um mapa de hotspots (concentrações significativas)

Objetivo: Identificar áreas em que a densidade de pontos é significativamente alta

Método simples (agregação + cálculo)

1.Criar uma grade regular

  • Menu: Treatments > Toolbox > Create a grid (Tratamentos > Caixa de ferramentas > Criar uma grade)
  • Tipo de grade: quadrada ou hexagonal
  • Tamanho: 500 m (adapte à sua escala)
  • Extensão: use a cobertura de sua camada de pontos

2 – Contar pontos por célula

  • Menu: Vector > Analysis tools > Points in polygons (Vetor > Ferramentas de análise > Pontos em polígonos)
  • Polígonos: a grade
  • Pontos: sua camada de pontos
  • Campo de saída: nb_points

3. Calcular valores padronizados (Z-score simplificado)

  • Abra a tabela de atributos da grade com nb_points
  • Iniciar a calculadora de campo
  • Crie um campo zscore com: (“nb_points” – mean(‘nb_points’)) / stdev(“nb_points”)

4 Estilizar o mapa de hotspot

  • Clique com o botão direito do mouse > Properties > Symbology (Propriedades > Simbologia)
  • Modo: Graduado
  • Campo: zscore
  • Paleta: vermelho → azul (áreas vermelhas = hotspots)
  • Classificar por quantis ou intervalos iguais

Resultado: uma grade colorida indicando onde a densidade está acima ou abaixo da média.


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